O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança. Amamentar é muito mais do que nutrir. É um processo que permite a profunda relação entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe também.

A amamentação é uma forma muito especial de comunicação entre a mãe e o bebê. Representa uma ótima oportunidade de a criança aprender muito cedo a se comunicar com afeto e confiança. Uma amamentação prazerosa, os olhos nos olhos e o contato contínuo entre mãe e filho fortalecem os laços afetivos, oportunizando intimidade, troca de afeto e sentimentos de segurança e de proteção na criança e de autoconfiança e de realização na mulher.

O aleitamento materno é a primeira prática alimentar de cada ser humano e se relaciona com a saúde ao longo de toda a vida. O aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida e continuado até o segundo ano de vida ou mais está relacionado com a diminuição da mortalidade infantil, a redução na incidência de doenças infecciosas na infância (como pneumonia e diarreia) e alergias, a diminuição nas prevalências de obesidade, hipertensão, diabetes, doença cardiovascular, tanto na infância como na vida adulta, e até mesmo com um maior coeficiente intelectual.

Para a mãe que amamenta o aleitamento materno representa uma prevenção ao câncer de mama e ovário, além de diminuir o risco de fraturas por osteoporoses e a perda de ferro, e contribui para a redução do peso corporal aumentado pela gestação.

Vantagens da amamentação exclusiva até o sexto mês e continuada até pelo menos os dois anos de idade:

 

  • Evita mortes infantis
  • Evita diarreia
  • Evita infecção respiratória
  • Diminui o risco de alergias
  • Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes
  • Reduz a chance de obesidade
  • Melhor nutrição
  • Efeito positivo na inteligência
  • Melhor desenvolvimento da cavidade bucal (fundamental para o alinhamento correto dos dentes e uma boa oclusão dentária)
  • Proteção contra câncer de mama
  • Diminui riscos de fraturas por osteoporose
  • Diminui a perda de ferro e evita nova gravidez precoce
  • Menores custos financeiros
  • Promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho
  • Melhor qualidade de vida

 

Apesar de todas as evidências provando a superioridade da amamentação sobre todas as outras formas de alimentar um bebê, as taxas de aleitamento materno no Brasil estão bastante abaixo do recomendado. Apesar de 95% das crianças brasileiras ter sido alguma vez amamentada, esse número cai drasticamente ao longo dos dois primeiros anos de vida. A mediana de aleitamento materno exclusivo no Brasil é de apenas 54 dias (o recomendado naçcional e internacionalmente são seis meses). Seis em cada dez bebês brasileiros não recebem a nutrição ideal recomendada com o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida.

Diversas causas explicam as dificuldades e obstáculos para assegurar essa nutrição ótima. Como nutricionista, buscarei ajudar cada família para garantir a melhor nutrição possível para a mãe e para o bebê.

A promoção e apoio ao aleitamento materno requer um olhar atento, abrangente, sempre levando em consideração os aspectos emocionais, a cultura familiar, a rede social de apoio à mulher, entre outros. Por isso, o trabalho que realizo reconhece a mulher como protagonista do seu processo de amamentar, valorizando-a com o máximo respeito às suas escolhas, dúvidas e dificuldades.

Conheça como a alimentação e a nutrição contribuem desde o início da vida até a idade adulta:

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